Ministro fez afirmação após reunião com Rodrigo Pacheco e disse que retomada depende de 'cláusulas necessárias'. Presidente do Senado defendeu ajudar 'camada mais vulnerável'
Por Filipe Matoso, G1 — Brasília
Paulo Guedes: 'Novo comando do Congresso é afinado conosco'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre reformas econômicas após reunião com os presidentes da Câmara e do Senado nesta quinta-feira (4). Guedes respondeu à afirmação de urgência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a respeito de um auxílio emergencial durante a pandemia, e falou também sobre o alinhamento do Congresso com o governo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que o auxílio emergencial pode voltar a ser pago, mas, desta vez, para metade dos beneficiários que receberam o pagamento em 2020.
Guedes deu a declaração ao fazer um pronunciamento no Ministério da Economia ao lado do recém-eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O ministro também disse que a retomada do auxílio depende do acionamento de "cláusulas necessárias".
O auxílio emergencial foi pago no ano passado a trabalhadores informais, em razão da pandemia do novo coronavírus, em parcelas de R$ 600 e, depois, de R$ 300.
O presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o presidente da Câmara Arthur Lira se encontraram com o ministro da Economia Paulo Guedes para tratar de reformas e também de um novo auxílio emergencial.
Ao se dirigir à imprensa, ao lado do ministro, Rodrigo Pacheco afirmou:
"A pandemia continua e agora eu vim ao ministro da Economia, Paulo Guedes,
externar o que é a preocupação do Congresso Nacional [...], que é uma
preocupação em relação à assistência social, a um socorro que seja urgente,
emergencial, para poder ajudar a camada mais vulnerável."
Paulo Guedes, na sequência, declarou: "O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez."
Ana Flor comenta reunião entre as presidências da Câmara e do Senado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (4) - que tratou da agenda econômica, reformas e auxílio emergencial.
Situação fiscal
No pronunciamento à imprensa, Pacheco disse ter sentido que Guedes quer
buscar uma solução para o tema, mas que é preciso ter responsabilidade fiscal.
"Fazer isso com cautela, com prudência, com observância de critérios para evitar que as coisas piorem. Mas, obviamente, nós temos que ter a sensibilidade humana e eu vim como senador e presidente do Congresso Nacional externar essa sensibilidade política de que nós temos que socorrer essas pessoas", declarou.
'Protocolo' de crise
Após a reunião com Lira, o ministro da Economia disse que o governo federal já sabe como lidar com os efeitos econômicos da pandemia da Covid-19 e pediu que o Congresso retome a agenda de reformas.
"Temos o protocolo da crise. Se a pandemia nos ameaçar, nós sabemos como reagir", afirmou Guedes.
"Vamos retomar as reformas ao mesmo tempo [em que ocorre a vacinação contra a Covid] porque a saúde e a economia andam juntas", acrescentou.
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