Wellington Macedo de Souza, 47 anos, foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos entre fevereiro e outubro de 2019. — Com informações do G1 CE.
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O crime aconteceu em dezembro do ano passado, quando três pessoas participaram da tentativa de explodir um caminhão com combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Wellington usava tornozeleira eletrônica, o que rastreou a participação dele no caso.
O blogueiro cearense teve um cargo no governo Bolsonaro e pediu dinheiro pelas redes sociais para se esconder da polícia quando já estava foragido.
Câmeras de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada, divulgadas pelo Fantástico dia 15 de janeiro, mostram o momento em que o carro de Wellington se aproxima lentamente do veículo, para que o cúmplice Alan Diego dos Santos Rodrigues coloque a bomba (veja no vídeo acima). Os dois homens e George Washington Oliveira de Sousa tiveram as denúncias aceitas pela Justiça.
Natural de Sobral, a 245 quilômetros de Fortaleza,
Wellington Macedo foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ele teve um
cargo comissionado na Diretoria de Promoção e Fortalecimento de Direitos da
Criança e do Adolescente entre fevereiro a outubro de 2019.
Com forte presença nas redes sociais, Wellington teve a prisão decretada por Alexandre de Moraes por incentivar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021. Desde então, cumpria prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, frequentava o acampamento bolsonarista.
O blogueiro também coleciona processos por vídeos
atacando políticos locais e professores da rede de ensino de Sobral. O
ex-advogado de Wellington Macedo, Diego Petterson, o defendeu em mais de 60
casos, mas afirmou que não possui mais contato com o cearense
"Atualmente eu não tenho contato direto com ele
desde que foi residir no Distrito Federal.
Participação direta nos ataques
De acordo com o delegado da Polícia Civil do Distrito
Federal, Leonardo de Castro Cardoso, o cearense teve participação direta nos
ataques contra o prédio da Polícia Federal em Brasília no dia 12 de dezembro do
ano passado. Na ocasião, bolsonaristas radicais tentaram invadir prédio da PF e
incendiaram veículos.
"Nós conseguimos comprovar que no dia 12 de
dezembro o cearense e o outro praticaram também atos de depredação. A prisão
dos dois também foi decretada. Eles têm dois mandados de prisão em aberto em
cada um deles".
"Ficou comprovado que ele participou disso. Ter
colocado a bomba perto do caminhão", explicou Leonardo de Castro Cardoso.