Os Três Guardiões: 2019-03-03

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segunda-feira, 4 de março de 2019

Imperatriz Leopoldinense faz desfile dourado sobre ganância e a história do dinheiro


Escola foi a penúltima da primeira noite com enredo sobre a relação do homem com as diferentes formas de moedas, desde a lenda de Midas até o bitcoin.

Por G1

Imperatriz Leopoldinense faz desfile dourado sobre ganância e a história do dinheiro / Rodrigo Gorosito/G1
A Imperatriz Leopoldinense pintou a Sapucaí de dourado, verde e prata com seu desfile sobre ganância, a história do dinheiro e a relação do homem com a moeda. A escola foi a sexta a festejar na madrugada desta segunda-feira (4).

Através de um guindaste manual controlado pelos próprios membros da comissão de frente, um Robin Hood voador jogava dinheiro (falso) para o público
A Imperatriz ainda homenageou o dinheiro na cultura pop, com representações do professor Raimundo, de Chico Anysio e seu bordão "e o salário ó", e a peça "Deus lhe pague". Como destaque estava o cantor Moacyr Franco
O carro abre-alas, que contava com um rei Midas gigante, tinha uma parte separada com uma coroa transformada em ouro através de um jogo de luzes que se soltou no começo do desfile e foi então presa com uma corda, o que pode custar pontos à escola

O casal de carnavalescos Mário e Kaká Monteiro, campeões pela Estácio de Sá em 1992, voltam ao carnaval depois de seis anos fora da festa. O último trabalho, em 2013, foi em parceria com Cahê Rodrigues e deixou a Imperatriz com o quarto lugar.

Com 2.900 componentes, a escola explorou diversos aspectos do dinheiro ao longo da história, desde lendas como a do rei de Midas, nas primeiras alas e no abre-alas, e Robin Hood, na comissão de frente, até o presente/futuro do bitcoin.

No meio do caminho, apresentou o surgimento das primeiras moedas e cédulas, e ainda trouxe a história do Brasil, com um debate sobre escravidão e o custo da vida humana.

A comissão de frente da Imperatriz faz chover dinheiro na Sapucaí
Entre o colorido das diferentes alas, um mar negro abrigava um grande navio negreiro com escravos trazidos ao Brasil. Eles também eram representados em uma ala com direito até a código de barras.

Além disso, ainda representou sistemas atuais, como a bolsa de valores em um carro com um diabo gigante, o jogo do bicho, a loteria e até os sonhos da população em uma alegoria sobre o desejo da casa própria.

Vestida de índia, musa esbanja alegria na Sapucaí


Integrante da ala das baianas da Imperatriz Leopoldinense — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Moacyr Franco é a estrela de carro alegórico da Imperatriz Leopoldinense — Foto: Rodrigo Gorosito/G1
Musa da Imperatriz Leopoldinense à frente de ala que aborda a comercialização de negros durante o período escravocrata — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Rainha de bateria com integrantes da bateria da Imperatriz Leopoldinense — Foto: Rodrigo Gorosito/
Integrante da Imperatriz Leopoldinense, cujo enredo aborda a temática dinheiro — Foto: Rodrigo Gorosito/G1



GRUPO ESPECIAL DO CARNAVAL DO RIO - 1º DIA
Cobertura em tempo real

·         Cobertura em tempo real
·         Império Serrano
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·         Imperatriz Leopoldinense
·         Unidos da Tijuca



História do carnaval e suas origens


A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade, é a festa mais tradicional e popular, chegou ao Brasil durante a colonização.

Cordões, escolas de samba e ranchos desfilam no Vale do Anhangabau – 1969 Imagem: Folha de São Paulo

O Carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.

Etimologia - A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.

Mesopotâmia - Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.

Comparação - O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Festa Pagã - Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.

Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.


 Ilustração medieval simbolizando um carnaval do período

Igreja - A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.

Período Medieval - Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

Renascimento - Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

Brasil - A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.

Quem é Manoelzinho Canafístula

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Itarema, Ceará, Brazil

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