Fazer backup dos dados, ocultar apps de banco e armazenar senhas em um local seguro são algumas dicas essenciais para quem deseja curtir os bloquinhos em segurança.
Homem usa celular durante desfile do bloco 'Tarado ni você', em São
Paulo, no carnaval de 2015 — Foto: Marcelo Brandt/G1
O carnaval 2023 está chegando e, com ele, vem a preocupação com seus pertences — especialmente celulares — durante os bloquinhos que agitam as grandes capitais.
O g1 ouviu especialistas que compartilharam dicas para você proteger o celular antes, durante e depois da festa, caso seja vítima.
COMPRAS
COM CARTÃO: Golpes com troca de cartão e mudança de valor são fraudes mais
comuns no carnaval
Antes
de ir ao bloquinho...
Se
for curtir o carnaval em grupo, combine de só uma pessoa levar o celular,
orienta Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. "Para quem tem condição, tente levar um aparelho mais
velho em vez do principal e, mesmo assim, é importante ficar atento". Além
disso...
Devo
ocultar apps de banco?: Alcadipani recomenda apagar temporariamente os
aplicativos de banco e outros que gerem gastos, como aqueles de alimentação e
de transporte;
Faça backup dos seus dados: Envie arquivos de todo o seu celular para a nuvem. "Isso evitará que você perca contatos importantes, fotos e outros arquivos", diz Heliezer Viana, sócio da área de cibersegurança da Mazars, especializada em consultoria empresarial e auditoria;
Autenticação de dois fatores (2FA): ative essa função em cada app do celular. Mesmo se o criminoso localizar a sua senha, ele terá que passar por mais uma camada de proteção: digitar os números de autenticação, que são aleatórios, gerados por apps de 2FA (mas evite a opção por SMS);
Cuidado com suas senhas: Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), muitas pessoas anotam senhas de bancos em blocos de notas, em mensagens de WhatsApp ou e-mails. Mas com o celular desbloqueado, o criminoso pode acessar notas/e-mail/WhatsApp para localizar as suas credenciais. Usar gerenciadores de senhas é mais aconselhável.
Tenha em mãos o IMEI: é a sigla em inglês para "Identidade Internacional de Equipamento Móvel", uma espécie de "RG" que identifica cada aparelho. Esse código pode te ajudar na hora de bloquear o acesso do celular à rede das operadoras, o que garante que ele não volte a ser usado como telefone, e será fundamental caso exista alguma chance de rastreio.
O folião deve deixar o celular sempre no bolso da frente da calça e o mesmo vale para quem for levar bolsa ou mochila, assim ele pode ver constantemente seus pertences, dizem os especialistas.
"Evite
ao máximo expor seu aparelho para tirar fotos, fazer ligações ou mandar
mensagens", diz Heliezer Viana.
Mas
se precisar mexer no dispositivo enquanto estiver na festa, Viana orienta a
procurar um local mais reservado, com poucas pessoas e policiamento perto.
E,
caso queira registrar o momento, ele também reforça que o melhor é levar um
aparelho de menor valor em vez do principal.
Avise seu banco: entre em contato imediatamente com o seu banco, assim eles podem tomar medidas de segurança, como bloquear o app, para que o criminoso não tenha acesso ao seu dinheiro;
Tente localizar o celular: a Apple (iPhone) e o Android têm soluções que permitem localização seu celular mesmo distante. Essas funcionalidades são nativas, ou seja, oficiais dessas marcas e já vêm instaladas no aparelho;
Limpe
os dados: as funcionalidades "Apagar Dispositivo" (iPhone) e
"Limpar dispositivo" (Android) possibilitam que você apague todos os
dados do celular mesmo longe, caso o aparelho esteja conectado à internet. Isso
impede instantaneamente os criminosos de acessar qualquer dado que estivesse
salvo no aparelho, como senhas, logins de apps, etc;
Desative o chip: após bloquear o acesso aos seus dados, entre em contato com a sua operadora e solicite o bloqueio do chip e da linha. Assim, o criminoso não pode usar o seu número;
Faça Boletim de Ocorrência: procure o site da delegacia eletrônica do seu estado e faça um BO;
Cuidado
com golpes: após roubar/furtar o aparelho, o bandido pode entrar em contato com
a vítima ou familiares, para tentar pegar acesso às contas Google ou ID Apple
para desbloquear o smartphone. O criminoso pode se passar por funcionário de um
banco, por exemplo, e pedir SMS ou senhas. Nunca forneça esses dados.