G1
Morador
mostra rachadura na parede da casa interditada pela Defesa Civil — Foto: Theyse
Viana
Famílias
foram retiradas de 16 casas e levadas para pousadas e residências de parentes
na madrugada desta sexta-feira (31) após a Defesa Civil constatar risco de
desabamento em decorrência de fissuras encontradas nos imóveis localizados no
Bairro Moura Brasil, em Fortaleza. As rachaduras apareceram com o início das
obras da linha leste do Metrô de Fortaleza, segundo relato dos moradores.
O
vendedor ambulante, Alexandre Alves, foi acordado às 4h da manhã por agentes da
Defesa Civil para que desocupasse o imóvel junto com a família. "Bateram à
minha porta, chamaram eu e minha tia pedindo para a gente sair. Elas foram para
casa de parentes e eu estou aqui tentando tirar algumas coisas", explicou.
Nas
casas há rachaduras nas paredes e no piso. Em uma das residências, a fissura
chegou a dividir uma das paredes ao meio. Há 50 anos vivendo no bairro, o
garçom Henrique Costa afirmou que durante a madrugada um barulho assustou os
moradores da comunidade.
"Algumas
pessoas afirmaram que houve uma espécie de estrondo e as casas racharam. A
própria Defesa Civil veio e desocupou as casas colocando os documentos de
interdição nas portas.", relatou.
Ainda
de acordo com Costa, as pessoas que foram levadas para pousadas no Centro
reclamam da falta de assistência. "Eles nunca precisaram sair de casa. Lá
no local onde colocaram eles estão reclamando que não tem sequer água",
diz.
A
Defesa Civil de Fortaleza confirmou a interdição de 16 casas e a retirada de 16
famílias, das quais 14 foram para pousadas no Centro e duas para casas de
parentes ou amigos.
A
Secretaria da Infraestrutura do Ceará informou que desde o início da obra da
Linha Leste, o consórcio responsável pela execução dos trabalhos realiza o
monitoramento do trecho no entorno do canteiro, diariamente, através de
sensores que acompanham a estabilidade do terreno e que ao identificar a
necessidade de intervenção em parte dos imóveis, para segurança dos moradores,
acionou a Defesa Civil. Ainda de acordo com a Seinfra, as famílias removidas
foram levadas para hotéis, pousadas ou casas de parentes e estão recebendo a
devida assistência.
Os
técnicos do consórcio e da Seinfra estão analisando as condições dos imóveis
para que os reparos necessários sejam feitos e as famílias possam voltar para
casa, o mais rápido possível, com segurança. Todos os outros imóveis da rua
foram vistoriados e não apresentam riscos aos moradores, continuando sendo
monitorados.
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