Dr. Edinardo Uchôa Costa morre aos 74 anos em Sobral

O médico trabalhava há mais de 40 anos na prefeitura de Santana do Acaraú, estava internado desde a última quinta-feira no hospital Unimed de Sobral, a morte causou profunda comoção na população da cidade

Por Manoelzinho Canafístula

Dr. Edinardo Uchoa Costa morreu aos 74 anos - Foto: Arquivo Pessoal

O médico Edinardo Uchôa Costa, morreu na tarde deste sábado (16), após sofrer uma parada cardiorrespiratória no hospital Unimed de Sobral. Ele estava internado desde a última quinta-feira (14), após sentir-se mal, um dia antes os funcionários do Hospital Municipal Dr. José Arcanjo Neto comemoraram seu aniversário. Dr. Edinardo apresentou sintomas do Covid-19 e ficou estado grave, chegando a ser intubado, o médico teve ainda uma anemia grave, o que gerou a necessidade de transfusão de sangue, nossa reportagem fez uma publicação da necessidade do medico e dezenas de pessoas, inclusive de outras cidades e estados, queriam doar sangue ao médico, que passou pela vida de milhares de santanenses.

O medico passou o dia de ontem bem e estava na companhia da família, no entanto na tarde de hoje, teve uma parada cardíaca e não resistiu. Nas redes sociais dezenas de santanenses publicaram mensagens de carinho, afeto, gratidão e reconhecimento ao médico mais antigo e mais amado de Santana do Acaraú. Edinardo Uchôa, era natural de Fortaleza, era casado com a ex-vereadora Jamile Maria Vasconcelos Uchôa Costa e pai de Rebeca e do advogado e ex vereador Edinardo Uchôa Costa Filho e dedicou sua vida pessoal e profissional ao povo de Santana do Acaraú.    

O grupo de comunicação Tribuna dos Vales registra sentimentos de solidariedade a família. 

O médico e ex-prefeito e ex-deputado João Ananias que também era cunhado de Dr. Edinardo publicou nota de pesar em suas redes sociais.

"Não poderia deixar de manifestar meus sentimentos de perda e tristeza em função da morte do Dr. Edinardo. Externo isso não apenas por ter sido meu cunhado, casado com a Jamile minha irmã, mas principalmente como Santanense, para agradecê-lo por tudo que fez e por tantos anos, como Médico em nossa terra. Quem quisesse encontrar Dr. Edinardo, não deveria procurá-lo em casa e sim no Hospital, incansavelmente, dias e noites, atendendo aos que precisavam. Sua morte, por Covid 19, aconteceu em decorrência de sua militância médica, que mesmo em tempos nebulosos dessa Pandemia, ele não se afastou, como tinha direito. Quem nunca foi atendido pelo Dr Edinardo? acho que poucas pessoas em nossa terra. Concluo dizendo que temos um débito com ele, pelo seu duradouro e firme compromisso com a bela missão, enquanto Médico de amenizar a dor e salvar pessoas. Minha gratidão Dr. Edinardo, é o que posso dizer nesse momento, que nem a seu sepultamento podemos ir. João Ananias Vasconcelos Neto e Família".

O comerciante Olavo Pereira também homenageou o médico em suas redes sociais.

A mais de quarenta anos Santana ganhou um filho de terras longínquas. Aqui se estabeleceu para exercer uma missão de serviço e dedicação a um um povo. Com humildade e simplicidade, estava sempre ao dispor daqueles que o procuravam. Vivia quase no anonimato, como os santos, que compreendem os desígnios de Deus. Uma vida dedicada a doentes e moribundos. Na simplicidade e no silêncio exercia sua missão como só ele tivesse a consciência do dever a cumprir Santana hoje chora sua ausência. E para os que acreditam na transcendência do homem, resta esperança do reencontro. E quem sabe as crianças tenham razão, ele virou uma estrelinha de brilho reluzente. Do espaço sideral ele está lá pra olhar e cuidar dos nossos doentes, mesmo que distante. E a imaginação das crianças é o nosso consolo para uma perca irreparável. Dr, você venceu o bom combate. A última inimiga a ser destruída é a morte. 1 cor 21,4. A vitória se dá por meio do senhor Jesus . 1 cor 15,16-57. E para nós amigos, familiares e todos que o amava, resta a mensagem do Apocalipse. "Não haverá mais morte, nem tristeza,nem choro e dor. A antiga ordem já passou." Ap 21,4.Nossos sentimentos a família e amigos. Olavo Pereira e família.