O jornalista Wellington Macedo natural de Sobral no Ceará foi preso por determinação do Ministro Alexandre de Moraes. Servidores do Presídio da Papuda dizem que Macedo não conseguia se manter de pé sozinho e que estava "muito fraco, muito abalado e falando baixo, além de chorar constantemente".
Com Informações de O Globo
O jornalista Wellington Macedo | Foto: Reprodução
Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, sob acusação de participar da organização de atos antidemocráticos no 7 de setembro, o jornalista sobralense Wellington Macedo recebeu a visita de uma equipe da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Segundo O Globo, durante o encontro, ele relatou problemas de saúde e abalos psicológicos durante sua passagem pela prisão. Macedo foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes desde o dia 3 de setembro.
Ainda segundo O Globo, a ouvidoria é vinculada ao Ministério da Mulher, Família
e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves. A vistoria nas condições da
prisão de Macedo foi feita em 24 de setembro, após pedido dos seus advogados.
Em relatório, os servidores apontam que o jornalista não conseguia se manter de
pé sozinho e que estava "muito fraco, muito abalado e falando baixo, além
de chorar constantemente". Também encontraram marmitas intactas dentro de
sua cela, indicando que ele não estava comendo.
De acordo com o relatório, o jornalista estava com pressão alta e glicemia baixa, por isso a penitenciária havia destacado enfermeiras para acompanhar diariamente suas condições de saúde. "Wellington disse que não vem se alimentando, muito embora o alimento seja regularmente providenciado pelo presídio, e que há mais de 10 dias ingeriu apenas 2 bananas", diz o documento.
Ao final, a Ouvidoria sugere que Macedo seja enviado à prisão domiciliar devido às suas condições de saúde e diz que "não parece adequado seu regime de encarceramento". "O custodiado Wellington Macedo de Souza se encontra visivelmente abalado psicologicamente, o que implica na sua dificuldade em se alimentar e, por conseguinte, debilidade física", aponta o documento enviado ao Supremo Tribunal Federal.
O relatório é assinado por Eduardo Miranda Freire de Melo, secretário nacional adjunto de proteção global, Vandervaldo Gonçalves Lima, ouvidor nacional de direitos humanos-substituto, Marco Vinicius Pereira de Carvalho, membro do comitê nacional de prevenção e combate à tortura, e João André Alves Lança, coordenador-geral de combate à tortura e violência institucional.
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