Diário
do Nordeste
Familiares
e apoiadores das vítimas do maior massacre da história do país fizeram
protestos durante o julgamento pedindo justiça Foto-Divulgação
Um
tribunal das Filipinas condenou hoje (19) à pena máxima de 40 anos de prisão os
mentores de um massacre político de 2009 no sul do país, que deixou 57 mortos,
incluindo jornalistas.
Após
um julgamento de dez anos, Andal Ampatuan Júnior, filho do governador da
província de Maguindanao, e outros membros do seu clã familiar e político foram
condenados pelo homicídio de 57 pessoas, incluindo 32 jornalistas, durante uma
emboscada no sul do país, em novembro de 2009.
As
vítimas viajavam numa caravana na localidade de Ampatuan, na ilha de Mindanau,
quando foram alvo de uma emboscada, tendo sido mortas e enterradas no local. É
considerado o pior massacre na história do país.
Andal
Ampatuan Júnior já havia sido formalmente acusado em 27 de novembro de 2009 de
morte no massacre, tendo já cumprido dez dos 40 anos a que agora é condenado.
Várias
organizações de defesa da liberdade de imprensa, com o Sindicato Nacional de
Jornalistas das Filipinas, organizaram uma vigília na cidade de Quezona, que
contou com a presença de familiares de alguns dos jornalistas assassinados e na
qual pediram o fim da impunidade no país.
Cem
pessoas, incluindo muitos membros do clã Ampatuan, foram acusados do crime, mas
o processo arrastou-se nos tribunais durante anos, com os advogados de defesa
apresentando sucessivos recursos.
O
julgamento terminou em julho e o Supremo Tribunal deu à juíza responsável pelo
processo até 20 de dezembro para examinar todas as provas e proferir a
sentença.
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