Discurso
do presidente, na noite de terça-feira, 24, deu vazão à preocupação da equipe
econômica / Carolina Antunes/PR
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou ao presidente Jair Bolsonaro que
estimulasse o retorno gradativo da atividade econômica em até duas semanas,
para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus para as contas do país
e o avanço do desemprego. A avaliação de membros da pasta comandada pelo
ministro é de que a economia do país não suportaria passar pela crise se a
recomendação de isolamento e estabelecimentos fechados perdure até depois do
dia 7 de abril.
A data
é vista como chave por integrantes graduados da equipe econômica para que o
país consiga se recuperar, de forma mais rápida, dos impactos econômicos
acusados pela pandemia. Em condição de anonimato, um secretário do alto escalão
da pasta resumiu a leitura da equipe: “Às vezes o excesso de remédio é que mata
o paciente”. Contudo afirmou que Guedes respeita as orientações do Ministério
da Saúde.
Desde
o início da semana, o ministro isolou-se no Rio de Janeiro. Os testes para o
novo coronavírus, segundo a assessoria de imprensa do Ministério, deu negativo.
Aos 70 anos, porém, Guedes faz parte do grupo de risco de complicações se
contrair a doença e tem despachado de casa. Ele tem participado de reuniões com
o secretariado e com o presidente por videoconferência.
Talvez
por isso, nesta segunda-feira 25, o presidente Jair Bolsonaro tenha recomendado
o chamado isolamento vertical, defendendo a reabertura de escolas e comércio e,
apenas, isolando idosos e pessoas com doenças prévias — ignorando todas as
recomendações do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da
Organização Mundial da Saúde.
Militar
que atua na segurança de Bolsonaro está internado com coronavírus
Por
Estadão Conteúdo, 14:53 / 26 de Março de 2020 ATUALIZADO ÀS 15:04
Ele
havia sido diagnosticado com a covid-19 no dia 18 e estava em isolamento em
casa. Entretanto, teve febre, uma piora no quadro clínico e foi hospitalizado
PAÍS
Um
funcionário do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e que atua na
segurança do presidente Jair Bolsonaro está internado após contrair o novo
coronavírus. A informação foi confirmada ao jornal O Estado de S.Paulo pela mãe
de Ari Celso Rocha Lima de Barros, de 39 anos. O GSI e a Secretaria de
Comunicação (Secom) ainda não se pronunciaram.
Por
telefone, a advogada Julmar Rocha Lima de Barros contou que o filho Ari está no
Hospital de Base, em Brasília, desde a noite de quarta-feira, dia 25. Ele havia
sido diagnosticado com a covid-19 no dia 18 e estava em isolamento em casa.
Entretanto, teve febre, uma piora no quadro clínico e foi hospitalizado.
Ari é
capitão da Polícia Militar do Distrito Federal e, segundo portaria do GSI de
fevereiro deste ano, atua no governo como assistente técnico militar. De acordo
com a família, ele faz a segurança do presidente em eventos e algumas viagens,
mas não estava na comitiva que foi para a Flórida, nos Estados Unidos, no
início do mês. Vinte e três pessoas que estiveram com o presidente nesta viagem
testaram positivo para novo coronavírus.
Segundo
Julmar, apenas integrantes da PM têm visitado Ari. "Nós da família, eles
não deixam ter acesso por precaução. Mas ele me mandou recado que está bem e
dormiu a noite toda. Para nós isso é vitória", disse a advogada de 74
anos. Ari é casado e pai de dois filhos.
O
militar, segundo o relato da mãe, está consciente e não está usando
respiradores. Julmar conta que o filho pratica esporte e tem boa saúde.
"Ele é novo, muito estudioso. É atleta também, pratica muito esporte,
cuida da saúde direitinho. Com fé em Deus ele vai sair dessa", contou.
A mãe
do capitão da PM relatou ainda que foi informada que um funcionário da
Presidência esteve no hospital para saber as condições de saúde do filho.
"Ele
é muito realizado no trabalho. Ele diz que gosta muito do presidente, que é
muito atencioso, cumprimenta a todos e não faz distinção de ninguém. Inclusive,
já foi alguém da Presidência visitar."
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