A prefeita Ana Flávia, Vice Mano da Melancia e o deputado Robério Monteiro tiveram seus pedidos negados pela Juíza Eleitoral de Acaraú, o processo foi remetido nesta segunda-feira (17) para o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
Por Redação do Blog
A Juíza da 30ª Zona Eleitoral, Ana Celina Monte Studart Gurgel Carneiro, negou provimento nesta segunda-feira (17) a um recurso impetrado pela prefeita de Acaraú Ana Flávia Ribeiro Monteiro (PSB), seu Vice-Prefeito Francisco Bispo Parnaíba (Mano da Melancia – PSB) e o deputado licenciado Marcos Robério Ribeiro Monteiro (PDT. O recurso tinha por objetivo reformar a decisão da magistrada que cassou os mandos da prefeita e do vice-prefeito, aplicou multa e os tornou inelegíveis por oito anos, a inelegibilidade atingiu ainda, o deputado licenciado Robério Monteiro.
Os réus alegaram que a prova que culminou com a decisão da juíza eleitoral é ilícita e não merece reconhecimento, a juíza por sua vez ressalta que não houve nenhum tipo de indução ou constrangimento ilegal e que o áudio, pode sim ser considerado uma prova, “Alegam a ilicitude da prova de áudio produzida, entretanto, conforme consta na decisão desafiada, ressalto que não houve qualquer indução ou constrangimento ilegal em sua realização, e que tal gravação pode ser considerada como prova, em consonância com decisões do TRE/CE e TSE, conforme se vê em recentes julgados colacionados à sentença.” Diz a magistrada na decisão.
Os réus alegam ainda, que não houve abuso de poder econômico,
mas reconhecem que houve a captação ilícita de votos, a juíza confirmou mais
uma vez que houve sim, a prática do abuso do poder econômico e que os réus
foram beneficiados, “Afirmam, como razões de convencimento para a facultativa
retratação desta Magistrada, que houve julgamento ultrapetita, através de
análise de fatos não postos pela parte requerente, e que ‘não existe, nem na
causa de pedir, nem no pedido, qualquer menção à prática de abuso de poder
econômico’, apenas à captação ilícita de sufrágio. Da leitura atenta da
inicial, por mais de uma vez, o autor refere-se expressamente a abuso de poder
econômico, inclusive antes de apresentar os pedidos, alega que “infere-se,
pois, que os Investigados abusaram do poder econômico, político ou de
autoridade, beneficiando-se destas práticas ilícitas”. Não podendo ser
suscitado pelo recorrente qualquer tipo de surpresa ou julgamento ultra petita
quando da análise dos referidos ilícitos eleitorais”, detalha a magistrada em
sua decisão.
A juíza vai mais além na decisão ao destacar a aplicabilidade
da Súmula 62 do TSE, “ Na espécie, no azo, aplica-se o verbete da súmula nº 62,
do Tribunal Superior Eleitoral, que assim estatui in verbis: “Os limites do
pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se
defende, e não pela capitulação legal atribuída pelo autor”, finalizou.
Os autos do processo foram remetidos ainda na tarde de ontem
ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/CE). O relator será o Desembargador do
Tribunal de Justiça do Ceará Inácio de Alencar Cortez Neto.
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