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Foto:Divulgação |
Diante
dos erros em notas do Enem 2019, o governo Bolsonaro vai estender em dois dias
o prazo do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A abertura das inscrições foi
mantida para esta terça-feira (21) e segue, agora, até domingo (26).
O
governo também informou que as notas com erros já foram corrigidas e podem ser
acessadas pelos participantes.
No
cronograma anterior, as inscrições do Sisu seriam encerradas na sexta (24). O
sistema concentra as vagas de instituições públicas de ensino superior
oferecidas a participantes do Enem.
"Para
quem tiver qualquer problema, a gente esta estendendo [o prazo] em mais dois
dias", disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em vídeo publicado
nas redes sociais na tarde desta segunda-feira (20).
Weintraub
afirmou que a maioria dos 6.000 casos de notas erradas confirmados até agora
foram registrados em quatro cidades: Viçosa, Ituiutaba, Iturama (todas em MG) e
Alagoinhas (BA).
"Teve
mais alguns casos esparsos, mas mais de 95% estão nessas quatro cidades",
disse, também no vídeo, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais), Alexandre Lopes.
Lopes
afirmou que o Inep analisou os dados de todos os 3,8 milhões de participantes
para conferir possíveis erros.
O Inep
recebeu 75 mil mensagens com reclamações de erros até as 10h desta segunda. O
órgão anunciou na noite de domingo (19) que só iria fazer a conferência de
casos recebidos até esse horário, contrariando informação anterior do próprio
governo.
"Desculpe
pelo susto, não se deixe levar por pessoas alarmistas", disse Weintraub.
O
governo identificou os erros a partir de relatos de participantes. Segundo o
Inep, foram constatados erros na identificação dos candidatos e da respectiva
cor de sua prova.
A
falha ocorreu na gráfica: os arquivos com essas informações teriam chegado ao
Inep com divergências, segundo o instituto. O candidato fez a prova de uma cor,
mas a nota foi corrigida como se fosse de outra.
Além
da falha inicial ocorrida na gráfica, também foram encontradas notas erradas
provocadas por outras falhas, como na aplicação.
Problemas
referentes ao uso de um cartão de resposta reserva, no momento da aplicação da
prova, por exemplo, foram identificados durante a força-tarefa realizada pelo
governo. A quantidade de estudantes afetados por esses problemas de aplicação é
pequena, de cerca de 20 casos –eles também tiveram notas alteradas.
Apesar
do número reduzido, esses erros teriam sido identificados antes da divulgação
caso o processo de realização do exame tivesse sido menos atribulado, de acordo
com técnicos do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais)
ouvidos pela reportagem.
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