Diário do Nordeste
Para a
coleta do exame, o procedimento é feito por um(a) técnico(a) de enfermagem por
meio do uso de lanceta, instrumento estéril, automático e descartável, sendo
possível utilizá-lo somente uma vez, descartando qualquer risco para a saúde
Foto: Divulgação/Uece
Com
histórico de números constantes dos casos de dengue e chikungunya, Fortaleza é
palco de um estudo que percorrerá, ao todo, 68 áreas de 44 bairros sorteadas da
cidade. O objetivo é conhecer o número, pelo menos aproximado, de crianças que
já tiveram as doenças e, posteriormente, oferecer possíveis benefícios no
controle das 2 enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A pesquisa,
intitulada “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: um ensaio clínico para o Controle
de Aedes no Brasil” (Coesa), é promovida pela Universidade Estadual do Ceará
(Uece) em parceria com a Universidade de Montreal, no Canadá, desde novembro de
2019. O estudo, que tem o apoio da Prefeitura de Fortaleza, tem como meta
alcançar 5 mil coletas.
A
participação no levantamento é feita de forma voluntária e realizada em
domicílios que tenham crianças de 2 a 12 anos de idade, sem possibilidade de
mudança de residência nos próximos seis meses. Bairros como Bela Vista,
Demócrito Rocha, Henrique Jorge e Rodolfo Teófilo já receberam as equipes, que
passarão por mais 40 bairros da cidade entre os meses de fevereiro e junho.
Após a
coleta dos dados, será realizado um novo sorteio, e 34 dessas áreas - metade da
amostra - vão receber intervenções da própria comunidade com o suporte da
equipe de pesquisa. Entre as medidas, estão campanhas de limpeza, redução de
criadouros de mosquitos e visitas escolares.
No ano
passado, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou 15.175 casos de
dengue. Quase quatro vezes mais que os 3.720 registrados em 2018. No mesmo
período, foram notificados 13 óbitos por dengue, sendo quatro em Fortaleza,
dois em Iguatu e mais sete em municípios diferentes.
Esclarecimentos
Apesar
da importância do levantamento, a Uece revelou que tem enfrentado dificuldades
de entrar em algumas residências devido a um áudio que circula em aplicativos
de mensagens que criam dúvidas quanto à credibilidade da pesquisa. A Uece
explica que a pesquisa é “um estudo sério” financiado pelo Governo Federal
canadense. Apopulação pode identificar os agentes da pesquisa por meio dos
coletes com o nome da pesquisa Coesa, além de crachá. Os técnicos de enfermagem
também portam uma bolsa identificada com o nome da pesquisa.
Devido
ao problema, a Uece revelou que, até 15 de janeiro deste ano, realizou apenas
367 coletas. Para o exame, o procedimento é feito por um(a) técnico(a) de
enfermagem por meio do uso de lanceta, instrumento estéril, automático e
descartável, sendo possível utilizá-lo somente uma vez, descartando qualquer
risco para a saúde. Posteriormente, a família recebe o resultado do exame.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.