Diário
do Nordeste
Texto
da PEC da atualização da Previdência estudal foi enviado à Assembleia
Legislativa nesta terça-feira (10)Foto:
José Leomar
O
Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (10), a
proposta de ajuste à Previdência estadual. O novo modelo propõe a taxação de
aposentadorias e pensões superiores a dois salários mínimos, além de reduzir o
valor das pensões por óbito dos servidores.
Os
servidores também poderão ter de trabalhar mais para se aposentar a partir do
próximo ano. A idade mínima para aposentadoria passa a ser 65 anos para homens
e 62 anos para mulheres. A informação havia sido antecipada pelo Sistema Verdes
Mares. Atualmente, a idade mínima para aposentadoria é de 55 anos para homens e
52 para mulheres. Agentes penitenciários não deverão ser incluídos na mudança.
A
atualização da Previdência estadual será feita através de uma Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) e uma Lei Complementar, que deverão ser votadas até
o fim deste ano. A medida passaria a valer a partir da aprovação.
As
mudanças, segundo Flávio Ataliba, secretário-executivo de Planejamento e
Orçamento do Ceará, foram propostas para que o Estado se ajuste a uma demanda
do Governo Federal. Segundo portaria publicada pelo Governo Federal no dia 3 de
dezembro, entes federativos que não se ajustarem até o dia 31 de julho de 2020
ficarão impossibilitados de assinar convênios, conseguir financiamentos e
empréstimos internacionais e receber transferências da União.
Outro
ponto de destaque é que o valor da aposentadoria dos servidores será definido,
caso o modelo seja aprovado, pela média aritmética dos 90% dos maiores salários
durante a carreira. O sistema federal prevê o cálculo a partir da média de 100%
dos salários.
Mudanças
O
valor da pensão por morte deverá ser reduzido de 100% do salário para 60% do
total. Contudo, o Estado estabelece a possibilidade de acréscimo de 2% do valor
a cada ano trabalhado após 18 anos de serviço. A reforma da Previdência federal
prevê o acréscimo após 20 anos.
Outro destaque é que, a partir da aprovação da PEC, aposentados e pensionistas que receberem acima de dois salários mínimos passarão a contribuir com o sistema previdenciário. A taxação deverá ficar no mesmo patamar da contribuição atual dos servidores.
Sobre
os modelos de transição, Ataliba defendeu que o Estado terá programas mais
amenos aos servidores. O pedágio do tempo restante para se aposentar, por
exemplo, será igual a 85% dos anos de contribuição que faltariam para quem
estiver perto de se aposentar.
No
modelo federal, o pedágio para aposentadoria é de 100% dos anos que restam para
os servidores.
"Estamos
nos preocupando com a situação previdenciária para continuarmos os
investimentos estaduais. É a nossa preocupação anteciparmos esse problema
futuro e isso precisa feito com muita responsabilidade. E por isso encaminhamos
ao Legislativo algumas sugestões de alteração de parâmetros baseadas no que foi
aprovado pela União", disse Ataliba.
Eduardo Daleyson
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