Os Três Guardiões: SP registra a primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil

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terça-feira, 17 de março de 2020

SP registra a primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil

Homem de 62 anos tinha diabetes, hipertensão e hiperplasia prostática. Nesta manhã, havia 301 casos do novo vírus confirmados pelas secretarias estaduais de Saúde

G1
Estação do Metrô Pinheiros, em São Paulo, vazia na manhã desta terça-feira (17) em meio a medidas do governo do estado e da prefeitura da capital para reduzir a circulação de pessoas — Foto: Laís Modelli/G1

O estado de São Paulo registrou o primeiro caso no Brasil de morte de pessoa infectada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), segundo informou o governo estadual nesta terça-feira (17). O homem tinha 62 anos e estava internado em um hospital particular. Ele tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos que pode causar infecções urinárias.

Até a última atualização desta reportagem, não havia sido divulgada a cidade onde o homem morava e nem se ele viajou ao exterior ou se teve contato com alguém contaminado no Brasil.

Nesta manhã, no momento em que a morte foi anunciada pelo governo de São Paulo, havia 301 casos da doença causada pelo vírus, a Covid-19, confirmados pelas secretarias de Saúde dos estados. Boletim do Ministério da Saúde desta segunda-feira (11) confirmava 234 caos.

A Secretária Estadual de Saúde confirmava, ainda na segunda-feira, 152 casos da doença em São Paulo. O número era mantido até a manhã desta terça. Ao todo, são mais 1.777 casos suspeitos de coronavírus no estado.

O governo de São Paulo avalia que o surto de coronavírus deve durar "de quatro a cinco meses". No entanto, as medidas restritivas adotadas pela administração estadual, como a suspensão das aulas e a restrição de eventos, não devem ser aplicadas durante todo este período.

Estado de emergência na cidade de SP

Nesta terça-feira, foi publicado no Diário Oficial da cidade de São Paulo decreto de estado de emergência, que permitirá à Prefeitura requisitar bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, com pagamento posterior de indenização justa.

Isso significa dizer que a Prefeitura poderá, por exemplo, exigir dos fabricantes de álcool em gel que vedam o produto a “preço justo” em caso de falta. A medida também autoriza a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços destinados ao enfrentamento da emergência.

Também foram impostas uma série de medidas para restrição da circulação de pessoas na capital paulista. As aulas nas escolas municipais e estaduais estão sendo suspensas desde o início da semana. A suspensão também ocorre em escolas particulares e universidades.

O governo estadual determinou o cancelamento de eventos públicos estaduais, independentemente do número de pessoas. Funcionários públicos com mais de 60 anos, com exceção dos que atuam nas áreas de Segurança e Saúde, irão trabalhar de casa. A Prefeitura de São Paulo recomendou que os idosos, acima de 60 anos, evitem usar o transporte público para evitar o risco de contaminação e proliferação da doença.
As medidas mudaram o cenário da cidade de São Paulo, que ficou com bem menos carros e pedestres nesta segunda e na terça-feira. Às 8h desta terça, as ruas da cidade estavam vazias e o índice de lentidão estava bem abaixo da média. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 7h havia 7 km de congestionamento na cidade, quando a média varia entre 25 e 39 km.

Reavaliação de testes laboratoriais
Ainda nesta segunda, o governo estadual informou que "vai avaliar" a nova recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que todos os casos suspeitos do novo coronavírus sejam submetidos a exames laboratoriais. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

Na sexta-feira (13) o governo de São Paulo havia anunciado que somente pacientes internados seriam submetidos ao teste laboratorial na rede pública e que o diagnóstico clínico seria adotado para outros casos suspeitos.
Escolas
A suspensão gradual nas aulas de escolas públicas e particulares de São Paulo, diante da ameaça do novo coronavírus, começou a valer na segunda-feira (16). A rede pública estadual e municipal de São Paulo vai seguir funcionando até sexta-feira (20). A partir da próxima segunda-feira (23) as portas estarão fechadas por tempo indeterminado.

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