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Fontes
geotérmicas de Dallol, na Etiópia Imagem:
Carl Court/Getty Images
Segundo
os pesquisadores, não foi possível encontrar nem mesmo microrganismos nas águas
quentes, hiperácidas e hipersalinas dos lagos da região. Purificación López
Garcia, líder do projeto, explicou que a constatação foi feita após análises
realizadas em laboratórios.
"Após
analisar mais amostras do que em estudos anteriores, com condições adequadas de
controle para que a gente não as contaminasse, e usando metodologias bem
calibradas, verificamos que não existe nenhuma vida microbial nesses lagos
quentes, salgados e hiperácidos, e nem nos lagos adjacentes, que são ricos em
magnésio", explicou.
"O
que existe é uma grande quantidade de arqueas halófilas (um tipo primitivo de
microrganismo) no deserto e nos canyons próximos ao local em que estão as
fontes geotérmicas, mas nenhum foi encontrado nos lagos hiperácidos e
hipersalinos mesmo com a intensa dispersão de microrganismos na área em
decorrência da presença de humanos e do vento."
O
estudo ajuda a estabelecer os limites da habitabilidade e indica que é preciso
ter cautela na hora de interpretar assinaturas biológicas e morfológicas da
Terra e de outros planetas.
Além
disso, ele também apresenta evidências de que existem lugares na Terra que são
"estéreis" mesmo que contenham água, assim como evidencia que a
existência de água em um planeta, critério que é frequentemente usado para
analisar a habitabilidade, não necessariamente significa que existe vida.
"Não
esperamos encontrar formas de vida em ambientes semelhantes em outros planetas,
pelo menos não com base em uma bioquímica semelhante a bioquímica
terrestre", afirmou López Garcia.
Eduardo Daleyson Viana De Sousa
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