Os Três Guardiões: Corpo de menina de 3 anos morta após ser espancada é velado na Zona Leste de SP

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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Corpo de menina de 3 anos morta após ser espancada é velado na Zona Leste de SP

Mãe e padrasto são suspeitos e estão presos preventivamente. A avó materna, que devolveu a criança à mãe, disse que não sabia que já estava com a guarda oficialmente.

TV Globo — São Paulo
Micaelly morreu vítima de espancamento — Foto: Reprodução/TV Globo
Justiça decreta prisão de casal suspeito de matar menina de 3 anos na Zona Leste

O corpo da menina, de 3 anos, que morreu após ser espancada é velado no início da tarde desta quarta-feira (20), no Cemitério de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A mãe e o padrasto da criança são suspeitos do crime e estão presos temporariamente por 30 dias.

Ewerton Queirós Laurenço, de 30 anos, é o principal suspeito pelas agressões. Ele e a mãe da criança, Isadora Pereira de Souza, de 20 anos, levaram Micaelly Luiza de Souza Santos, já morta, ao Hospital Planalto, na Zona Leste.

Do hospital, o casal foi encaminhado para o 22º Distrito Policial de São Miguel. Segundo a polícia, o casal não confessou o crime. O delegado afirmou que está aguardando o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa da morte.

José Simão, pai de Micaelly, afirmou que não sabia das agressões e que viu a filha pela última há um mês. "Eu não sabia de nada. A única notícia que eu tive foi da minha filha morta já. Não sabia nada. Não sabia o endereço dela, não sabia de nada."

Maria José Francisca dos Santos, avó paterna, disse que chegou a criar a criança por oito meses. "Desde os quatro meses, eu cuido dela. Ela morou comigo, também deixei a mãe dela morar comigo."

A avó materna, que recebeu a guarda provisória da neta após uma agressão anterior, disse que pediu que a filha arrumasse as coisas de Micaelly, porque retiraria o documento da guarda e buscaria a neta. “Eu não agi de maldade, eu não agi de louca, eu não agi de ruindade. Jamais. Ela [Micaelly] pedia tanto para ir embora comigo.”

Agressões Anteriores
Micaelly já havia sido internada no dia 5 de novembro no hospital Tíde Setúbal, por suspeita de ter sido espancada. Carlos Alberto Velucci, diretor do hospital, afirma que a criança não tinha "alguma coisa patológica", mas tinha "hematomas na face, hematomas no tórax e nos membros".

"Nós avisamos a delegacia, o conselho tutelar, tomamos as providências. Ela foi ao IML fez o corpo de delito, foi internada até o dia 18 [de novembro]." Depois, a Justiça determinou que a guarda de Micaelly passasse para a avó materna, de forma provisória, por seis meses.
Na segunda-feira (18), Micaelly recebeu alta médica e foi levada pela avó para a casa da mãe, que mora com o namorado. Segundo a polícia, menos de 24 horas depois, a criança foi espancada até a morte e teria sofrido violência sexual.

A avó materna foi ouvida na delegacia e disse que entregou a neta à filha, porque não sabia que oficialmente já tinha a guarda provisória.

Segundo o Conselho Tutelar, a decisão da guarda provisória foi dada pela juíza Regiane dos Santos, do Fórum de São Miguel. Ariel de Castro, especialista em direitos da Criança e do Adolescente, Micaelly deveria ter ficado em um abrigo após a alta médica.

"Não houve apuração adequada se essa avó materna iria de fato proteger a criança e se iria impedir a criança de ter contato com o padrasto e a mãe. O que faltou foi uma análise mais adequada, criteriosa, estudo, por parte da equipe técnica do próprio fórum para que a criança então ao invés de ficar com a avó materna deveria ter ficado em um abrigo enquanto se fazia um estudo mais adequado do caso."

O casal disse à polícia que a criança caia muito e por isso havia ferimentos e machucados. O delegado afirma que as explicações não foram suficientes nem fizeram sentido.

"Falou que ela tinha sofrido uma queda, mas ela apresentava hematomas tanto do lado direito como do lado esquerdo na face, região orbitária, no tórax, membros superiores e inferiores, abdômen, quer dizer, precisa ser uma queda razoável para acontecer todos esses hematomas", afirmou o diretor do hospital.

Uma parente de Micaelly, que não quis se identificar, afirma que o padrasto estava lutando pela guarda dos três filhos. "O negócio dele era os filhos dele. Ele falava o tempo todo que ele queria os filhos dele pra ele, porque ele ama os filhos dele, um filho dele é especial."




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